As Batalhas e Guerras Mais Importantes da História - Púnica I
A Primeira Guerra Púnica
(264-241 A.C.)
Navio Romano abordando um Navio Cartaginês no Mediterrâneo
Facções: República Romana (Cônsul Marcos Atilios Régulo) x Cártago (General Amílcar Barca).
Forças: 690.000 legionários e 120 navios x 457.000 cartagineses e mercenários e 130 navios.
Perdas: 155.000 romanos e 130.000 cartagineses mortos; Metade da frota romana é perdida; Quase toda a frota cartaginesa é destruída.
Resultado: Vitória Romana; A ilha da Sicília é anexada pela República.
Local: Mar Mediterrâneo, Sicília, Sardenha e Norte da África.
Setas Verdes (Avanço Romano contra a Sicília); Cruzes Verdes (Vitórias Romanas); Cruzes Vermelhas (Vitórias Cartaginesas)
A Guerra: Enquanto o Império de Alexandre desmoronava após a sua morte, duas outras potências surgiam no Mediterrâneo: Roma e Cartago. Roma era uma cidade-estado localizada no Rio Tibre, região central da Itália. Depois de várias guerras com as cidades vizinhas, Roma se tornava uma poderosa República e controlava de norte à sul a península itálica. Já Cartago era uma cidade-estado fenícia que com o passar dos anos criou uma enorme frota de batalha e mercante e rapidamente se expandiu por boa parte do Mediterrâneo, estabelecendo um império marítimo.
Em 264 A.C., Roma queria se expandir pelo Mediterrâneo e decidiu invadir a Sicília, controlada por Cartago. Os cartagineses responderam enviando sua enorme frota e posicionando dois exércitos de soldados profissionais na Sicília. Após dois anos de intensos combates navais, Roma obteve a maioria das vitórias navais contra Cartago e conseguiu um controle total das rotas marítimas na Sicília. A tática romana em superar a frota cartaginesa era de lançar seus navios contra as laterais dos navios cartagineses e abordá-los usando o corvus (um bate-estacas com uma ponta de ferro que era utilizado como uma ponte).
Motivados por essas grandes vitórias, os romanos despacharam quatro legiões, sobre o comando do Cônsul Marcos Atílios Régulo, para invadir a África do Norte e destruir Cartago. Depois de três vitórias seguidas contra o exército cartaginês, Régulo alcançou as muralhas de Cartago. Porém, antes de poder atacar a capital cartaginesa, os romanos foram surpreendidos por um exército de mercenários gregos e persas e suas legiões foram dizimadas. Régulo foi capturado e Cartago tentou negociar sua vida com Roma para finalizar a guerra.
Porém, Roma negou assinar um acordo de paz e continuou com sua campanha para dominar a Sicília. Em 241 A.C., as últimas tropas cartaginesas, isoladas na Sicília, se renderam e Cartago aceitou um fim no conflito. No tratado de paz, Roma ordenou que Cartago pagasse pelos prejuízos da guerra e que entregasse a Sicília para Roma. Cartago cumpriu o acordo, mas esqueceu de pagar os mercenários que haviam defendido Cartago durante a guerra. Os mercenários iniciaram uma violenta revolta contra Cartago e depois de 3 anos de guerra civil, Cartago destruiu o exército mercenário.
Aproveitando o conflito interno cartaginês, Roma mobilizou duas legiões e invadiu as ilhas da Sardenha e da Córsica. As tropas cartaginesas não reagiram, para não romper o tratado de paz e acabaram sendo capturadas e vendidas como escravos.
Quando Cartago soube desse desrespeito de Roma em relação aos seus territórios, a cidade jurou se vingar. Mas, demoraria mais alguns anos até ter força suficiente para enfrentar Roma igual para igual novamente.
Não há curiosidades sobre a guerra.
Biblografia:
- Willard Crompton, Samuel. "100 Guerras que mudaram a História do Mundo". Ed. Prestígio, Rio de Janeiro, RJ, 2002.
- https://en.wikipedia.org/wiki/First_Punic_War (página em inglês).
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