As Batalhas e Guerras Mais Importantes da História - Púnica II
A Segunda Guerra Púnica
(218-202 A.C.)
Elefantes de guerra cartagineses são usados contra o exército romano no norte da Itália.
Facções: República Romana (General Público Cornélio Cipião) x Cartago e Aliados Gregos (Aníbal).
Forças: 782.000 romanos x 700.000 cartagineses e gregos.
Perdas: 300.000 romanos e 316.000 cartagineses e gregos mortos.
Resultado: Vitória Romana; Roma domina todo o Mediterrâneo Ocidental (Península Ibérica, Numídia).
Locais: Itália, Sicília, Península Ibérica, Gália, África do Norte e Grécia.
Círculo Vermelho (Império Cartaginês); Círculo Verde (República Romana); Seta Vermelha (1a Fase - O Avanço de Aníbal pelos Alpes); Setas Laranjas (2a Fase - Invasão cartaginesa na Itália); Seta Amarela (3a Fase - Invasão cartaginesa na Sicília); Setas Verdes Escuras (4a Fase - Invasão romana na Península Ibérica); Setas Azuis Claras (5a Fase - Invasão romana na Numídia); Seta Verde Clara (6a Fase - Contra-ataque romano na Sicília); Seta Azul Escuro (7a Fase - Invasão romana no norte africano); Cruzes verdes (Vitórias navais romanas).
A Guerra: Depois de vários anos de preparação e planejamento, Aníbal Barca, um dos quatro filhos de Amílcar Barca, ordenou o início das hostilidades contra Roma. Em 219 começou tomando o forte romano de Sagunto na Península Ibérica. A guerra teve início em 218.
Com a tomada de Sagunto garantida, Aníbal liderou pessoalmente 50.000 homens, 4.000 cavaleiros e 37 elefantes pela Gália, onde recrutou milhares de mercenários gauleses, e atravessou os Alpes. Depois de perder metade de seu exército por causa da fome, do frio e de emboscadas de tribos gaulesas traidoras, Aníbal entrou no norte da Itália e avançou pelo vale do Pó.
Os romanos, surpresos por essa invasão terrestre, despacharam três legiões para destruir Aníbal. Porém, os romanos sofreram três derrotas seguidas em Ticino (218), Trebbia (218) e Trasimere (217). Mas, foi em Cana (216) onde o exército romano sofreu sua maior derrota da guerra. Aníbal cercou mais de 50.000 romanos e matou todos. A estrada para Roma estava aberta.
Aníbal chegou às muralhas de Roma e sitiou a cidade por vários anos. Ao mesmo tempo, o terceiro irmão de Aníbal invadiu a Sicília com a ajuda de mercenários gregos. Num total estado de desespero, o cônsul romano aceitou uma proposta ousada do general Público Cornélio Cipião, o Africano. Lançar um enorme ataque contra as colônias cartaginesas na Península Ibérica e cortar os suprimentos de Aníbal.
O cônsul aceitou tal tática e Cipião liderou um enorme exército romano contra a Penísula Ibérica. Os romanos destruíram a frota cartaginesa e invadiram a península. Após várias campanhas contra as fortalezas cartaginesas, Cipião dominou a Península Ibérica. O quarto irmão de Aníbal, Asdrúbal, escapou com 10.000 homens pelos Alpes, mas foi cercado e destruído por Cipião. Na Sicília, os romanos lançaram um feroz contra-ataque e expulsaram as forças cartaginesas da ilha.
Em 204, Cipião ordenou a invasão do Norte da África. Milhares de romanos invadiram a Numídia e derrotaram a cavalaria mais poderosa dos cartagineses. Uma segunda força romana invadiu perto de Cartago e cercou a cidade. Aníbal recebeu a notícia do cerco romano à Cartago e abandonou seu desgastado exército em Roma, que acabou se rendendo.
No último ano da guerra, 202, Cipião e Aníbal se encontraram na Batalha de Zama e no fim, os romanos foram vitoriosos. Cartago aceitou um novo acordo de paz com Roma, que ocupou todos os territórios Cartagineses no Mediterrâneo e afundou os últimos navios cartagineses. Cipião caçou a família Barca e matou quase todos. Aníbal foi o único sobrevivente e escapou para a Macedônia, onde foi recebido de braços abertos pelo rei local.
A guerra estava terminada, mas os romanos ainda queriam a cabeça de Aníbal.
Curiosidades:
- A Batalha dos Campos de Pelennor (Senhor dos Anéis) foi inspirada na Batalha de Zama. Em ambas as batalhas, mais de 40 elefantes foram usados contra a cavalaria inimiga. Mesmo com essa desvantagem, os cavaleiros de Rohan e de Roma conseguiram derrotar essa força tão poderosa que o inimigo possuía e viraram a guerra a seu favor.
Bibliografia:
- Willard Crompton, Samuel. "100 Guerras que mudaram a História do Mundo". Ed. Prestígio, Rio de Janeiro, RJ, 2002.
- https://en.wikipedia.org/wiki/Second_Punic_War (página em inglês).
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