As Batalhas e Guerras Mais Importantes da História - Ingleses x Espanhóis

 

A Guerra Anglo-Espanhola

(1580-1603)

Navios ingleses enfrentam a temível Armada Espanhola no Canal da Mancha.
 
Facções: Império Espanhol (Filipe II e III) x Reino da Inglaterra (Elisabeth I).
 
Forças: Desconhecidas.
 
Perdas: Desconhecidas.
 
Resultado: Tratado de Londres: Espanha reconhece o Anglicanismo; Fim da pirataria inglesa contra as colônias espanholas na Ámerica; O Canal da Mancha é aberto para a Espanha; Inglaterra retira suas tropas da Holanda; Navios espanhóis e ingleses podem utilizar o porto de cada reino.
 
Local: Oceano Atlântico, Canal da Mancha, Países Baixos, Espanha, Espanha Americana, Portugal, Sul da Inglaterra, Irlanda, Caribe, Ilhas Açores e Canárias.
 
Áreas Vermelhas (Império Espanhol); Seta Vermelha (Armada Espanhola); Área Azul (Reino Inglês); Seta Azul (Ataque Inglês); Cruzes Pretas (Batalhas e Cercos).
 


A Guerra: O rei Felipe II da Espanha e a rainha Elisabeth I da Inglaterra eram inimigos mortais. Os motivos eram vários desde as suas religiões (católica e anglicana, respectivamente) e o bem-estar de suas nações. De início a luta era por prestígio, mas logo virou uma guerra quando ambos queriam os tesouros e recursos do Novo Mundo.

Elisabeth ignorava os navios ingleses que atacavam e saqueavam navios espanhóis no Caribe. Mas, em 1580, a rainha autorizou todos os navios corsários, liderados pelo capitão Francis Drake, a atacar e saquear os navios e territórios espanhóis no Novo Mundo. Aceitando as ordens de Elisabeth, Drake iniciou uma campanha naval contra a Espanha. Primeiro atacou o Panamá, depois contornou toda a América do Sul e surpreendeu os espanhóis na costa oeste do continente.

Drake saqueou e queimou todas as colônias que os espanhóis estabeleceram na América do Sul. Após os saques, Drake escapou de uma frota espanhola na Califórnia e logo partiu para o Oceano Pacífico. Em 1582, Drake retornou para Londres e foi condecorado cavaleiro pela rainha graças a suas explorações pelo mundo. Graças ao corsário, a Marinha Inglesa iniciava uma reforma em sua frota para um dia repelir uma possível invasão espanhola.

Enfurecido com tais ataques em suas colônias, Felipe II reuniu a maior frota da época: 130 navios iriam atacar e invadir a Inglaterra. Tal frota recebeu o apelido de a Armada Espanhola (ou Invencível Armada). Navegando pelo norte da Espanha, a Armada encontrou forte resistência inglesa no sul da Inglaterra em 1588. Aos poucos, os espanhóis foram perdendo navios diante dos navios ingleses, brulotes (navios incendiários) e por tempestades. No fim da campanha naval, só 30 navios espanhóis retornaram para casa. A Armada estava acabada e a Espanha humilhada.

Mesmo derrotado e humilhado, Felipe II não desistiu e enviou novas frotas, menores em comparação a Armada, em 1593 e 1594 contra a Inglaterra. Nas duas ocasiões, os espanhóis não conseguiram atingir seus objetivos por causa do mau tempo e da falta de suprimentos. Em 1598, ambos os lados perderiam grandes líderes: a Inglaterra perderia Francis Drake durante um combate naval numa cidade no sul da América do Norte; e a Espanha perderia seu líder Felipe II, que com sua morte enfraqueceria as forças espanholas na campanha contra a Inglaterra.

Uma "guerra fria" existiria entre os dois reinos. Mas, quando Jaime II assumiu o trono inglês, logo após a morte de Elisabeth I, este surpreendeu seus súditos anunciando que assinaria um acordo de paz com a Espanha. Em 1603, Jaime II e Felipe III se encontraram e assinaram o Tratado de Londres, finalizando de vez a guerra entre Inglaterra e Espanha.
 
 

Curiosidades:

  • A guerra é usada como pano de fundo para o filme "Elisabeth". O filme em si se foca nas intrigas políticas que a rainha inglesa teve que enfrentar até finalmente confrontar os espanhóis na batalha contra a Armada. Francis Drake também aparece no filme.
 

Bibliografia:


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