As Batalhas e Guerras Mais Importantes da História - Trinta Anos

 

A Guerra dos Trinta Anos

(1618-1648)

Lanceiros espanhóis derrotam outro ataque sueco na Alemanha.
 
 
Facções: Suécia (Gustavo Adolfo) e mais de 11 reinos aliados x Sacro Império Romano (Ferdinando II e III) e mais de 4 reinos aliados.

Forças: 427.000 soldados suecos e aliados x 20.000 romanos germânicos e aliados.

Perdas: Mais de 7.500.000 mortos e feridos (inclui civis).

Resultado: Paz de Westfália: Príncipes protestantes podem continuar com suas práticas religiosas; Declínio da Igreja Católica; Supremacia dos Habsburgo enfraquecida; Reconhecimento espanhol da independência da Holanda (Guerra dos Oitenta Anos); Reconhecimento holandês do domínio espanhol da Bélgica e de Luxemburgo; Ascensão da Dinastia Bourbon na França; Ascensão do Império Sueco; Declínio do Feudalismo na Europa Continental; Fragmentação do Sacro Império Romano; Início da Guerra Franco-Espanhola (1648-1659); Imensas perdas civis nos territórios imperiais.


Local: Europa, principalmente na Alemanha.

Áreas Vermelhas (Sacro Império Romano e seus Aliados); Áreas Azuis (Suécia e seus Aliados); Setas Vermelhas (Campanhas Romanas e aliadas); Setas Azuis (Campanhas Suecas e aliadas).
 
A Guerra: Diferenças religiosas eram as principais causas para grandes conflitos armados na Europa no século XVI. No século XVII, ocorreu o maior conflito religioso da História e envolveu quase toda a Europa. O epicentro do conflito foi o Sacro Império Romano. Fundado por Otto, o Grande, em 962, o império estava dividido entre protestantes no norte e católicos no sul. A guerra teve início quando patriotas tchecos lançaram vários comissários do norte pela janela do parlamento tcheco. Os comissários sobreviveram, mas todos caíram num monte de esterco e tal episódio ficou conhecido como a "Defenestração de Praga".
 
De início a guerra ficou concentrada entre a Tchecoslováquia católica e a Boêmia protestante. Os católicos venceram todas as batalhas iniciais e liquidaram com os protestantes da Boêmia. Porém, um novo adversário entrou no conflito, vindo do norte. Era Gustavo Adolfo, rei luterano da Suécia que liderou um pequeno, mas profissional exército para dentro do Sacro Império Romano. Gustavo apoiou a causa protestante e obteve duas grandes vitórias contra os católicos. Porém, o líder sueco seria morto em 1632 durante a Batalha de Lutzen.
 
Em 1635, a França entrou na guerra apoiando os protestantes, mesmo sendo bastante católica. O principal motivo para a entrada da França era de destruir a força militar da Espanha, que controlava o Sacro Império Romano, para a França se tornar a principal potência militar da Europa. De imediato, a Espanha mobilizou um grande exército e o despachou para defender seus territórios na Alemanha. A guerra se tornava uma luta por poder e menos uma luta por religião. A Holanda continuava sua guerra de independência contra a Espanha, os protestantes germânicos continuavam a avançar contra os católicos liderados pelo Imperador Ferdinando II e tanto a França quanto a Espanha enviavam mais tropas e artilharia para a Alemanha.
 
Em 1640, a guerra entrava em sua última fase. Começou com a Espanha invadindo o sul da França, para tentar tira-la da guerra. Porém, a invasão foi um fiasco quando o exército espanhol foi derrotado e capturado na Batalha de Rocroi em 1643. Em 1648, todas as nações participantes estavam esgotadas e uma reunião foi marcada em Westfália. O Tratado de Westfália deu fim ao conflito e delimitou que qualquer príncipe germânico poderia escolher a religião que seu povo quisesse. Dentro do Sacro Império Romano havia mais de 300 principados. Tal decisão não prejudicaria o tratado. No mesmo ano, Holanda ganhava sua independência da Espanha e esta continuaria a lutar contra a França até 1659, quando ambas as nações assinaram o Tratado dos Pireneus.
 
 

Curiosidades:

  • A arma mais usada no conflito foi a lança utilizada pelos temíveis lanceiros, capazes de aniquilar qualquer ataque de cavalaria.
 
  • Outra arma bastante usada foi o arcabuz, o precusor do rifle.
 

Bibliografia:

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