Primeira Guerra Mundial - A Guerra Naval

 

A Guerra Naval

(1914-1918)

Informações Técnicas:

Facções: Aliados x Potências Centrais.

 

Forças: Desconhecidas.

 

Perdas: Desconhecidas.

 

Resultado: Vitórias Aliadas no Mar do Norte, Mar Negro e no Mediterrâneo; Vitória Alemã no Mar Báltico; Empate Tático no Atlântico.

 

Locais: Oceano Atlântico, Mediterrâneo, Mar Negro, Mar Báltico, Mar do Norte.

 

As Grandes Batalhas Navais no Mar do Norte:

O encouraçado alemão Blücher afundando após a Batalha Naval da Jutlândia.

 



O Mar do Norte foi a principal campanha naval da guerra. Foi uma luta entre a Marinha Real Britânica contra a Marinha Imperial Alemã. A enorme marinha inglesa já bloqueava as rotas de suprimentos para a Alemanha, antes da guerra começar, e isso foi essencial para a derrota final alemã em 1918. Já a marinha alemã adotou uma postura mais defensiva, com boa parte de seus navios concentrados em bases navais, defendidas por minas, e lançando ataques provocadores para incitar os ingleses a desfazer o bloqueio e partir para uma batalha decisiva. Por causa dessas provocações navais alemãs, os ingleses tiveram uma grande dificuldade de manter o bloqueio naval da Alemanha. Quando os americanos entraram na guerra, esses, juntos com os britânicos, estabeleceram um grande cordão de minas para impedir que qualquer navio alemão escapasse.

 

 

As principais batalhas navais dessa campanha foram: de Heligoland Bight (duas vezes), Dogger Bank e Jutlândia. Mesmo que as táticas navais inglesas fossem obsoletas, elas conseguiram deter a marinha alemã de romper o bloqueio naval e de atacar as rotas comercias do ingleses nessa área. Já a marinha alemã sofreu grandes baixas navais e foi forçada a ficar em suas bases navais após 1916 para evitar que uma invasão pelo norte da Alemanha ocorresse. Mesmo com essas enormes batalhas navais acontecendo, a Alemanha seria derrotada graças ao bloqueio naval inglês que destruiria sua economia e quase levaria o país ao caos total.

 

 

A Guerra de Atrito no Atlântico:

Navio de guerra aliado protegendo um comboio contra submarinos alemães.

 

Como uma alternativa, caso sua frota de navios de guerra não conseguisse romper o bloqueio naval, os alemães decidiram utilizar seus temíveis U-Boats (submarinos), para subjugar a Inglaterra com a falta de suprimentos vindos de outras nações.

 

Em 1915, a Alemanha iniciou seu bloqueio naval da Inglaterra quando U-Boats começaram a atacar navios mercantes ingleses pelo Atlântico. Por serem silenciosos, os U-Boats atacavam sem aviso qualquer navio que encontravam. Vários cruzeiros e navios neutros foram vítimas dessas letais armas de guerra.

 

Por causa desses ataques submarinos contra navios neutros, várias nações neutras, como os EUA e o Brasil, se viram forçadas a reagir a tais ataques e acabaram se juntando aos aliados.

 

O ápice da guerra submarina no Atlântico foi em 1917, quando centenas de navios neutros foram afundados pela guerra irrestrita alemã, com o intuito de derrotar a Inglaterra pela falta de suprimentos. Porém, houve consequências como a declaração de guerra dos EUA contra a Alemanha e seus aliados das Potências Centrais.

 

Depois de quase quatro anos de impasse no Atlântico, os aliados finalmente venceram os U-Boats usando novas táticas navais como: o sonar e o sistema de comboios. Sofrendo enormes perdas e não conseguindo fazer mais ataques silenciosos, os U-Boats alemães restantes recuaram de volta para a Alemanha.

 

 

A Guerra Naval no Mediterrâneo:

Encouraçado austro-húngaro começa a afundar no Mar Adrático após um combate naval contra navios italianos.

 



Ocorreram alguns combates navais pelo Mediterrâneo entre a Áustria-Hungria e Alemanha contra os Aliados. Mas, foram poucos e pequenos em comparação aos combates navais do Mar do Norte. A Marinha Otomana teve um breve combate contra os aliados em 1918 no Estreito de Dardanelos, mas manteve seu poder naval concentrado no Mar Negro.

 

O maior combate naval no Mediterrâneo foi em 1915, durante a invasão aliada na Península de Galípoli contra os otomanos, onde navios aliados duelaram contra os fortes otomanos que protegiam a península e que acabaram sofrendo grandes baixas navais diante de tais defesas.

 

Pelo resto da campanha naval do Mediterrâneo, os austríacos e os alemães utilizaram submarinos numa guerra de atrito contra os navios de guerra dos aliados.

 

 

Os Combates Navais no Mar Negro:

Instalações portuárias russas na Criméia após um ataque naval otomano.

 

A guerra naval no Mar Negro começou em Outubro de 1914, quando navios otomanos bombardearam a Criméia. Depois desse ataque, a Marinha Imperial Russa ficaria quase um ano inteiro caçando os navios otomanos (na verdade eram dois navios alemães que haviam sido enviados para apoiar os otomanos) pelo Mar Negro, mas o resultado final seria vergonhoso para os russos. Porém, tudo mudou para os russos quando mais encouraçados pesados chegaram ao Mar Negro para caçar os navios otomanos e alemães. Em 1916, os russos conseguiram danificar o navio alemão Goeben e controlar toda a parte ocidental do mar. Mesmo sofrendo horríveis perdas navais, os russos continuariam pressionando os alemães e otomanos até a retirada russa em Novembro de 1917.

 

Para apoiar a campanha de Galípoli, submarinos ingleses e franceses foram despachados para o Mar Negro e até 1916 haviam afundados vários navios otomanos. Quando a Romênia entrou na guerra, sua pequena frota impediu que desembarques otomanos acontecessem no seu litoral. Já a frota búlgara enfrentou a Marinha Imperial Russa até 1917.

 

 

As Vitórias Navais Alemãs no Mar Báltico:

Encouraçado russo patrulhando o Mar Báltico atrás de navios alemães.

 

A guerra naval no Báltico começou em agosto de 1914 com um golpe de sorte para os aliados. Um cruzador leve alemão estava patrulhando a área quando encalhou e acabou abandonado pela tripulação quando navios russos foram intercepta-lo. Os russos descobriram dentro do navio alemão o código naval germânico e acabaram o entregando para os ingleses na sua luta contra os alemães no Mar do Norte.

 

De 1915 até 1917, ambas as frotas alemã e russa tentaram fugir uma da outra, evitando grandes combates navais. Porém, em outubro de 1917, durante uma operação anfíbia alemã nos territórios bálticos, ocorreu a única batalha naval dessa campanha: a batalha de Moon Sound. Foi uma vitória alemã e que custou para os russos um dos seus poucos encouraçados.

 

Quando aconteceu a Revolução Russa, em 1918, os alemães transformaram o Mar Báltico num "lago alemão". Esse "lago" seria essencial depois para o Exército Branco invadir a Rússia pelo norte durante a Guerra Civil Russa.

 

 

Curiosidades:

• Esses combates navais foram os últimos combates clássicos de navios atirando em linha reta antes da introdução de novas táticas navais e do porta-aviões.

 

• Aviões e Zepellins foram usados também em alguns combates navais como suporte aéreo, observação e ataques aéreos. Porém, nenhum navio foi afundado por essas máquinas áereas.

 

• Os U-Boats alemães da Primeira Guerra Mundial nunca foram realmente derrotados pelos aliados. O motivo da retirada alemã do Atlântico foi que os U-Boats estavam ficando sem combustível e a Alemanha estava tendo problemas para reabastecê-los.

 

 

 

Bibliografia:

• https://en.wikipedia.org/wiki/Naval_warfare_of_World_War_I (página em inglês).