As Batalhas e Guerras Mais Importantes da História - Argélia


A Conquista Francesa da Argélia

(1830-1847)



Franceses adentram a fortaleza otomana de Constantina no norte da Argélia
 
Facções: Reino Francês (Bertrand Clausel) x Império Otomano (Hussein Dey).
 
Forças: Franceses: 160.000 soldados, 83 canhões e 100 navios de guerra; Otomanos: Desconhecidas.
 
Perdas: Franceses: 3.330 mortos e feridos; Otomanos: 500.000 mortos e feridos.
 
Resultado: Vitória Francesa.
 
Local: Argélia.
 
Áreas Vermelhas (Fortalezas Otomanas); Setas Azuis (Invasão Francesa).
 
A Guerra: Em 1830, a França vivia numa paz total. Suas fronteiras estavam quietas e suas colônias calmas e seguras. Porém, a população estava entediada com o governo monárquico de Carlos X e muitos sentiam falta da época de Napoleão Bonaparte, quando a França era uma potência militar imbatível e as campanhas militares eram grandiosas e épicas. Ciente da grave situação social, Carlos X organizou uma expedição militar contra a Argélia, controlada pelo Império Otomano, e em 5 de julho de 1830, mais de 37.000 soldados franceses desembarcaram e capturaram a capital Argel. Era o início de uma longa e sangrenta campanha militar.
 
Mesmo sendo uma épica campanha militar, essa ação ousada não salvou a reputação e nem o trono de Carlos X. Acabou desposto pelo povo e exilado. Seu primo, Luís Felipe, da Casa Orleans, foi escolhido para ser o "Rei dos Franceses".
 
O novo rei continuou com a invasão da Argélia e em 9 de março de 1831, assinou um documento que criava uma força de elite formada não só por franceses, mas por voluntários estrangeiros que queriam participar de campanhas militares ousadas e perigosas. Assim nascia a famosa Legião Estrangeira.
 
Mesmo sob controle do Império Otomano, a Argélia já sofria com constantes guerras tribais antes da chegada dos franceses. Porém, um líder tribal se uniu aos otomanos para confrontar essa nova invasão estrangeira. Abd El-Kader, líder da tribo de Mascara, comandou uma poderosa resistência contra os franceses de 1832 até 1834. Em 1834, os otomanos foram expulsos da Argélia e os franceses assinaram um cessar-fogo com Kader. O líder argelino ficaria com o sul e os franceses com o norte.
 
Porém, em 1835, a França rompeu o cessar-fogo com El-Kader e invadiu o sul da Argélia. Após brutais e violentos combates que se estenderam até 1837, El-Kader saiu vitorioso e forçou os franceses a recuar para o norte, onde novamente assinaram um novo cessar-fogo: o Tratado de Tafna.
 
Em dezembro de 1840, o general francês Thomas R. Bugeaud, assumiu o comando do exército francês para uma nova investida militar contra o sul da Argélia. Usando uma nova tática de combate com a infantaria leve, Thomas expulsou El-Kader e seus seguidores para o Marrocos. El-Kader se reagrupou e convenceu os marroquinos a lançar violentos ataques de cavalaria contras as bases francesas no sul.
 
Em 1844, Thomas invadiu o Marrocos e finalmente enfrentou El-Kader na Batalha de Isly. 7500 franceses enfrentaram 45.000 argelinos e marroquinos num campo de batalha com mais de 50 graus célsios de calor. No fim do dia 14 de agosto, os franceses venceram El-Kader que fugiu mais ainda para dentro do Marrocos. Usando táticas de guerrilha, El-Kader resistiu à perseguição francesa até finalmente se render em 1847.
 
Alguns grupos isolados de argelinos leais a El-Kader e aos otomanos, resistiriam por mais alguns meses, mas a guerra já estava completamente finalizada.
 
Não há curiosidades.
 

Bibliografia:



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