Segunda Guerra Mundial - Stalingrado

A Batalha de Stalingrado

(23 Agosto, 1942-2 Fevereiro, 1943)

Setas Vermelhas (Ofensivas Alemãs); Setas Cinzas (Ofensivas Italianas, Romenas e Húngaras); Área Marrom (Limite do Avanço do Eixo); Setas Azuis (Contra-Ataques Soviéticos).
Informações Técnicas:

Facções: Eixo (Alemanha, Romênia, Itália, Hungria e Croácia - Adolf Hitler) x URSS (Joseph Stalin).

Forças: Eixo: 1.040.000 homens, 10.250 canhões, 500 tanques e 732 aviões x URSS: 1.143.000 homens, 13.450 canhões, 900 tanques e 1.115 aviões.

Perdas: Eixo: 868.000 mortos, feridos e capturados x URSS: 1.129.000 mortos, feridos e desaparecidos.

Resultado: Ferrenha Vitória Soviética; Sexto Exército Alemão totalmente destruído.

Local: Cáucaso, URSS.


O Avanço do Eixo no Sul da URSS:

Soldados alemães descansam numa trincheira improvisada antes de continuar o avanço dentro das ruínas da cidade. Ao fundo da imagem, um tanque alemão Pz.IV, se posiciona para apoiar a infantaria.

Em junho de 1942, Hitler deu ordem para retomar o avanço do Eixo pelo sul da URSS. Depois do fracasso de conquistar Moscou e esmagar o gigante comunista, Hitler agora acreditava que podia aniquilar os soviéticos com a captura dos importantes poços de petróleo do Cáucaso. Assim, tinha início a Operação Azul. De Junho até Julho, os alemães e seus aliados esmagaram e destruíram cinco exércitos soviéticos perto de Kharkov e alcançaram a bacia do Rio Don. Duas forças alemãs se dividiram após a travessia do Don. A principal (Grupo A) avançou com rapidez pelas planícies do Cáucaso e capturou com sucesso os poços de Maikop e o porto de Novorovissk. Porém, após esses incríveis sucessos a ofensiva perdeu força nas montanhas perto de Grozny e um impasse ocorreria na região até dezembro.

A segunda força alemã (6 Exército Alemão) tinha o objetivo de capturar a cidade de Stalingrado (atual Volgogrado) e proteger o flanco norte do Grupo A. Stalingrado era uma cidade populosa e industrial. Carregando o nome do líder soviético, a cidade se tornaria o palco da batalha mais brutal da Segunda Guerra Mundial. Em agosto, os alemães adentraram a cidade, mas encontraram uma fanática defesa soviética. Stalin havia dado ordens de que ninguém deveria recuar. Qualquer soldado que tentasse recuar seria imediatamente executado como traidor.

Por causa desse fanatismo, a ofensiva alemã parou bem nas margens do Rio Volga, mas os soviéticos conseguiram manter o controle de três posições dentro da cidade: as docas, a fábrica de cimento e a fábrica de tratores. De setembro até outubro, os alemães tentariam esmagar essas posições soviéticas, mas fracassariam. Seus poderosos Panzers seriam inúteis nos combates urbanos e muitos alemães seriam mortos pelos letais atiradores russos. Em Novembro, o 6 Exército Alemão deteve seu avanço e se fortificou nas ruínas da cidade. Agora era a hora dos soviéticos lançarem seu temível contra-ataque.



A Operação Urano - Os Soviéticos destroem um Exército Alemão:

Soldados soviéticos avançam pelas ruínas de Stalingrado para aniquilar os alemães que controlavam a cidade.

Em Novembro, os soviético lançaram seu grande e desejado contra-ataque. Aproveitando, novamente, a chegada do inverno, tropas e tanques siberianos atacaram os flancos do 6 Exército Alemão (defendidos por tropas romenas e húngaras) e rapidamente cercaram o exército alemão nas ruínas da cidade, formando um  enorme bolsão.

Quando soube da notícia, Hitler imediatamente ordenou um contra-ataque para romper o cerco soviético. Conhecida como a Operação Tempestade de Inverno, a ofensiva alemã chegou perto de salvar seu exército preso em Stalingrado, mas teve que recuar por causa do rigoroso inverno. Após essa derrota alemã, os soviéticos pressionaram ainda mais o bolsão alemão. Hitler então, pediu ajuda ao comandante da Luftwaffe (força aérea alemã), Hermman Goring, para reabastecer seu exército pelo ar. A ponte aérea alemã vinha do norte da cidade numa imensa base aérea.

Em Dezembro, bem na noite de Natal, tanques soviéticos lançaram um ataque surpresa contra a base aérea alemã e aniquilaram seus aviões, neutralizando a ponte aérea (aproveitaram para eliminar um exército italiano na região). Com o fim dessa linha de suprimentos, os alemães presos em Stalingrado só podiam agora esperar pelo inevitável fim. Mesmo cercados por um inimigo fanático, os alemães lutaram ferozmente por cada casa, prédio, rua e até mesmo quartos, contra seus adversários soviéticos. Porém, o fim chegou em 2 de Fevereiro de 1943 quando o comandante alemão, Marechal Paulus, ordenou o fim da resistência e a rendição de seu exército diante do avanço soviético.

No Cáucaso, reforços soviéticos forçaram os alemães e romenos a recuarem até a região pantanosa do Rio Kuban. Essas tropas do Eixo resistiriam em Kuban até Novembro de 1943, causando imensas perdas soviéticas antes de recuarem para a Criméia.

O sonho de Hitler de aniquilar o comunismo soviético chegou ao fim. Era o início do longo contra-ataque soviético que aniquilaria a Alemanha Nazista nos próximos anos da guerra.

Curiosidades:

  • A Batalha de Stalingrado, juntamente com as Batalhas de El Alamein, no Egito, e de Midway, no Pacífico, é considerado o ponto de virada dos aliados contra as forças do Eixo.
  • Stalingrado foi a cidade soviética mais destruída da guerra. Após o conflito, seria totalmente reconstruída e seu nome substituído para Volgogrado após a morte de Stálin em 1953.
  • Muitos acreditam que o Dia-D foi o momento mais importante da História da Segunda Guerra. Enquanto o Dia-D foi um evento importante, Stalingrado foi mais importante, pois deteve o avanço nazista na Europa e enfraqueceu o poderio militar alemão pelo resto da guerra.

Bibliografia:

  • Beevor, Antony. "A Segunda Guerra Mundial". Ed. Record. Rio de Janeiro, RJ, 2015.





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