As Batalhas e Guerras Mais Importantes da História - Seis Dias

 A Guerra dos Seis Dias

(5-10 Junho, 1967)

Tanques israelenses se preparam para o início da incrível ofensiva contra as nações árabes que ameaçavam o estado judeu.

Informações Técnicas:

Facções: Israel x Egito, Síria, Jordânia, Iraque e Líbano.

Forças: Israel: 264.000 homens e mulheres; 300 aviões; 800 tanques e blindados x Árabes: 547.000 homens; 950 aviões; 2.500 tanques e blindados.

Perdas: Israel: 983 mortos e 4.500 feridos; 400 tanques e blindados destruídos; 46 aviões abatidos x Árabes: 20.000 mortos, feridos ou capturados; Quase todos os tanques e blindados destruídos ou abandonados; 452 aviões destruídos no solo.

Locais: Península do Sinai, Bacia Ocidental e Colinas Golã.

Resultado: Decisiva Vitória Israelense; Israel ocupa o Sinai, a Bacia Ocidental, a Faixa de Gaza e as Colinas de Golã.

A Ofensiva no Sinai (contra os Egípcios):

Linhas Vermelhas (Defesas Egípcias); Setas Azuis (Ofensiva Israelense)

Após a independência de Israel em 1949, as nações árabes começaram novamente a planejar a aniquilação do estado judeu. Em 1956, os egípcios tentaram invadir pelo Sinai, mas foram derrotados em poucas semanas pelos israelenses, com apoio militar da França e da Inglaterra. Humilhados, os egípcios aceitaram a derrota, mas começaram a conspirar com outras nações árabes na destruição de Israel. Ao longo dos anos, Egito, Síria e Jordânia começaram a estabelecer bases aéreas e pontos de concentração de tanques no Sinai, Bacia Ocidental e Colinas de Golã com o intuito de lançar uma nova invasão por várias frentes diferentes. Porém, graças ao incrível sistema de espionagem israelense, os judeus já sabiam de todo o plano árabe e começaram a montar sua própria ofensiva contra as três nações árabes ao mesmo tempo.

Na madrugada do dia 5 de Junho, toda a Força Aérea Israelense lançou a Operação Moked. Em poucas horas os israelenses obtiveram superioridade aérea contra todas as nações árabes envolvidas, causando imensas perdas aéreas aos árabes. Logo após esse imenso ataque aéreo o exército israelense invadiu o Sinai.

Mesmo encontrando poderosas defesas egípcias em pontos-chave da península, os israelenses, usando a famosa tática da Guerra-Relâmpago do alemães da Segunda Guerra Mundial, rapidamente neutralizaram essas posições fortificadas e forçaram os egípcios numa caótica retirada para o Canal de Suez.

Do dia 6 até o dia 8, os israelenses ultrapassaram os egípcios e tomaram o Canal de Suez, bloqueando a rota de fuga do exército inimigo. Após caóticos combates blindados, o que restava do exército egípcio se rendeu e com isso o Sinai estava em mãos judias.


A Ofensiva na Bacia Ocidental (contra os Jordanianos):

Área e Linhas Vermelhas (Defesas Jordanianas); Setas Azuis (Ofensiva Israelense).

Ao mesmo tempo em que os israelenses dominavam o Sinai, mais tropas e tanques judeus avançavam contra as forças jordanianas que controlavam Jerusalém. A batalha pelo controle da cidade santa foi a mais difícil de toda a guerra. Os jordanianos estavam muito bem entricheirados e ofereceram uma resistência pesada contra os israelenses. Após três dias de combate urbano, as últimas tropas jordanianas se rendiam para os judeus.

Paralelo ao combate em Jerusalém, do dia 5 até o dia 8, tanques israelenses avançaram pelas planícies rochosas da Bacia Ocidental para capturar cidades-chave da região. Intensos combates blindados ocorreram por toda a Bacia, mas no fim, os israelenses saíram vitoriosos. O que restou do exército jordaniano escapou com sucesso para a Jordânia e demoliu as pontes do Rio Jordão, impedindo uma possível invasão israelense na Jordânia.

No dia 8 de junho, a Jordânia se rendia para Israel e se tornava a primeira nação árabe a reconhecer Israel como um estado judeu independente.


A Ofensiva nas Colinas de Golã (contra os Sírios):


Como boa parte dos exércitos israelenses estava lutando no Sinai e na Bacia Ocidental, havia poucas tropas concentradas diante das Colinas de Golã na fronteira da Síria. Do dia 5 até o dia 8, os sírios, utilizando artilharia pesada e tanques obsoletos da Segunda Guerra Mundial, ficaram bombardeando os assentamentos judeus próximos das Colinas, causando algumas baixas civis e militares. Porém, quando o Egito e a Jordânia se renderam, o alto-comando israelense imediatamente enviou suas forças para a fronteira da Síria.

Em 9 de Junho, os israelenses lançaram sua última ofensiva da guerra contra os sírios. Encontrando fortes defesas sírias, os israelenses demoraram várias horas para alcançar o topo das Colinas. Com apoio aéreo e de forças especiais, os judeus conseguiram romper e neutralizar boa parte das defesas sírias, causando uma retirada caótica do exército sírio para Damascos.

Em 10 de Junho, utilizando a mesma tática usada no Sinai, tanques e blindados israelenses ultrapassaram o exército sírio e bloquearam todas as passagens para Damascos. No mesmo dia, a ONU ordenou o fim da hostilidades e a Síria aceitou a derrota. Em 12 de Junho, uma pequena tropa de elite judia capturava o Monte Hermon, ao norte das Colinas e finalizava a incrível Guerra dos Seis Dias.


Curiosidades:

  • A Guerra do Seis Dias é considerada um dos conflitos mais rápidos da História.

  • Israel iria devolver o Sinai para o Egito após a Guerra do Yom Kippur (análise em breve). Porém, mantém até hoje um forte controle da Bacia Ocidental e das Colinas de Golã.

  • Durante a guerra, a Faixa de Gaza foi invadida pelos judeus. Mas a resistência pesada da milícia palestina causou um longo atraso que durou toda a guerra. No fim, os israelenses ocuparam Gaza, mas após sofreram as maiores perdas de todo o conflito. Gaza se tornaria independente após a Guerra do Yom Kippur.

Bibliografia:

  • Willard Crompton, Samuel. "100 Guerras que mudaram a História do Mundo". Ed. Prestígio, Rio de Janeiro, RJ, 2002.








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